quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PREMIÈRE BRASIL MUSICAL


Uma das curiosidades da Première Brasil deste ano é a grande safra de filmes musicais. São 14 produções, entre curtas e longas-metragens, que trazem a música como personagem central. São eles:


LONGAS



CANTORAS DO RÁDIO, de Gil Baroni e Marcos Avellar
Resgate e homenagem aos anos dourados da música popular brasileira. O filme tem como fio condutor o show “Estão Voltando as Flores”, criado e dirigido pelo renomado pesquisador Ricardo Cravo Albin. Este show celebra dez grandes cantoras do rádio e conta com a participação especial de Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Ellen de Lima e Violeta Cavalcante, quatro divas da gloriosa Era do Rádio no Brasil.

CONTRATEMPO, de Malu Mader e Mini Kerti
No Rio de Janeiro, jovens de comunidades pobres tentam encontrar alternativas para o impasse social brasileiro. Alguns são selecionados para integrar um projeto social ligado à música, mas as transformações nem sempre acontecem.

EU SOU O POVO, de Bruno Bacellar, Luís Fernando Couto e Regina Rocha
Documentário sobre Candeia e a criação da Escola de Samba Quilombo. Através de uma série de depoimentos quase sempre emocionados, o filme mergulha na memória dos que participaram do momento de fundação da Escola e nos sonhos dos que ainda lutam por sua preservação.

O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS, de Lírio Ferreira
A vida e a obra do compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direitos autorais, Humberto Teixeira, também conhecido como "O Doutor do Baião" pela autoria de clássicos populares como “Asa Branca”. O filme acompanha sua filha, Denise Dummont, numa viagem em busca de aprender mais sobre o pai.

JARDS MACALÉ – UM MORCEGO NA PORTA PRINCIPAL, de Marco Abujamra
Autor de “Vapor Barato” e “Movimento dos Barcos”, parceiro principal de Waly Salomão, violonista e arranjador de Gal Costa e Caetano Veloso, ator e autor de trilhas de Nelson Pereira dos Santos, amigo pessoal de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Jards Macalé é, antes de tudo, o “maldito” que sonha em ver a palavra amor na bandeira do Brasil.

LOKI – ARNALDO BAPTISTA, de Paulo Henrique Fontenelle
Biografia do ex-integrante dos Mutantes, contada através de um quadro traçado pelo próprio artista. A pintura é intercalada com imagens históricas que remetem aos principais momentos de sua trajetória artística, que fizeram dele um dos grandes nomes do rock brasileiro. Depoimentos de Tom Zé, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sean Lennon, entre outros.

PALAVRA (EN)CANTADA, de Helena Solberg
Em um país com forte cultura oral como o Brasil, a música popular pode ser a grande ponte para a poesia e a literatura. O filme tem a sua narrativa construída na costura de depoimentos, performances musicais e bela trilha sonora. Participação de Adriana Calcanhoto, Arnaldo Antunes, Chico Buarque, Lirinha, Lenine, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Tom Zé, entre outros, que cantam e tocam suas canções. O filme também apresenta rico material de arquivo.

SIMONAL – NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI, de Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal
Numa época de nomes eternos e revolucionários, Wilson Simonal brilhou como ninguém e inovou como poucos. Juntando qualidade, carisma, simpatia, suingue, charme, sensualidade e muito talento, ele se tornou a sensação do Brasil e ainda conquistou o público internacional. De repente, tudo acabou. Boatos, acusações, mistérios, patrulhas e perseguições. O que aconteceu com Wilson Simonal? O filme traça a trajetória impressionante do ex-cabo do exército, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência.

TITÃS – A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
Cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos, gravações de álbuns antológicos e de grandes sucessos desde os primórdios até hoje em dia, o filme conta com imagens captadas por eles e principalmente por Branco Mello, que em 1984 saiu gravando tudo que acontecia com o grupo naquele momento de explosão musical que foram os anos 80.


CURTAS



BOOKER PITTMAN, de Rodrigo Grota
Londrina, jazz, 1950. O filme homenageia de maneira original e curiosa o saxofonista Booker Pittman.

NO TEMPO DE MILTINHO, de André Weller
Miltinho, cantor atuante desde os anos 40, empresta sua peculiaríssima voz para falar. O inconfundível estilo do Rei do Ritmo é dissecado em entrevistas, shows e imagens de arquivo.

NÓS SOMOS UM POEMA, de Sérgio Sbraggia e Beth Formaggini
O filme revela a desconhecida parceria de dois gênios da MPB, Pixinguinha e Vinícius de Moraes, para compor a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Viany, produzido em 1963.

REMO USAI, de Bernardo Uzeda
Um retrato de Remo Usai, ex-aluno do mestre hollywoodiano Miklós Rósza e que se tornou um pioneiro compositor de trilhas para o cinema nacional.

TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM, de André Sampaio
Em tempos de ditadura, Macalé acaba preso acusado de pornografia. O episódio inspirou a parceria com Moreira de da Silva “Tira os Óculos e Recolhe o Homem”, samba que deu origem a este filme.

Nenhum comentário: